Imagem ilustrativa que remete ao Outubro Rosa
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O câncer de mama é um câncer frequente, ele tem tratamento e quanto mais cedo for o diagnóstico mais chances de cura e com tratamento sem traumas. O maior aliado deste tipo de câncer é o preconceito, já que muitas mulheres têm medo e vergonha. Outro entrave é a falta de informação.
O médico Mastologista Cássio Furtini Haddad, membro Titular da Sociedade Brasileira de Mastologia, escreveu um artigo fazendo importantes esclarecimentos sobre o câncer de mama, para que fosse publicado no Jornal de Lavras a pedido da Associação Médica de Lavras. O texto esclarecedor certamente vai encorajar as mulheres que tem dúvidas, aquelas que têm vergonha de questionar sobre o assunto. É importante também que os homens leiam, que eles também se informem, homens tem mulheres na família, como esposa, filhas, irmãs e mãe. É importante que esse assunto seja amplamente debatido, sem medo, vergonha ou preconceito. Segue o artigo na íntegra:
OUTUBRO ROSA
O câncer de mama representa o segundo tipo de câncer mais frequente na mulher brasileira, ficando atrás apenas de alguns tipos de câncer de pele. Estima-se mais de 57 mil novos casos da doença, em 2016, no Brasil. No mundo, são mais de 1,5 milhão de casos a cada ano e a mortalidade ainda permanece elevada. O mês de outubro representa, mundialmente, o mês de conscientização sobre o câncer de mama e tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico inicial da doença.
Atualmente, podemos enfatizar 3 pontos principais que estão sendo focados na abordagem e nas campanhas que envolvem o câncer de mama:
- Diagnóstico precoce: continua sendo a ferramenta chave para o sucesso do tratamento e para a possibilidade de cura. Quando a doença é descoberta em fases inicias, as chances de cura atingem taxas superiores a 95%. Nesse contexto, é de suma importância a realização da mamografia, que representa o método de imagem ideal para detecção precoce e o que se mostrou mais eficaz na redução da mortalidade. Países com programas de rastreamento mamográfico eficientes apresentaram redução nas taxas de morte por câncer de mama em torno de 30% em relação à era pré-rastreamento. Apesar das controvérsias, os dados sobre a realidade em nosso país nos norteiam a recomendar a realização da mamografia de modo anual a partir dos 40 anos de idade como maneira ideal de diagnosticar um maior número de casos ênfases iniciais, possibilitar tratamentos menos agressivos, melhor qualidade de vida às pacientes e diminuição da mortalidade pela doença.
- Hábitos de vida: a adoção de hábitos de vida saudáveis está comprovadamente associada à prevenção do câncer de mama. Sabemos, hoje, que estar em sua faixa adequada de peso, realizar atividade física regularmente, ter uma alimentação rica em fibras e com pouca gordura, açúcares, enlatados e embutidos, além de se evitar consumo abusivo de álcool e não ser tabagista, funciona como fator protetor comprovado para diversas doenças, como doenças as cardiovasculares, metabólicas e vários tipos de câncer, entre eles o de mama.
- Tratamento individualizado: o foco no tratamento atual do câncer de mama é, sobretudo a individualização, fazendo com que cada paciente seja tratada de modo personalizado, de acordo com as características do seu tumor. Dispomos de exames específicos, que detalham o comportamento e as características tumorais, possibilitando a escolha de formas também específicas para o tratamento. Assim, a cirurgia, o esquema de tratamento radioterápico, a escolha das drogas a serem utilizadas na quimioterapia, a indicação de drogas-alvo, tudo passa por uma análise individualizada, com objetivo de oferecer o melhor tratamento possível, evitando-se medidas desnecessárias e não abrindo mão das realmente medidas benéficas a cada paciente.
Assim, enfatizarmos as medidas preventivas e protetoras, assim como a importância essencial do diagnóstico precoce são atitudes que devem ser estimuladas, fazer parte dos cuidados de saúde da mulher e repassadas para a conscientização da sociedade como um todo.
Médico Mastologista Cássio Furtini Haddad
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