Como era o "Túnel" da Zona Norte e, abaixo, foto de após a obra
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Tem dois anos que os moradores da Zona Norte de Lavras desfrutam de uma benfeitoria que era pedida há anos pelos moradores, o chamado "Túnel da Zona Norte", um gargalo que durante décadas represou o crescimento daquela região. Este mês, no dia 14, fez exatamente dois anos que a obra foi entregue à população.
Aquela passagem estreita foi construída também em setembro, mas de 1894, quando o automóvel ainda não existia, a passagem servia para carro de boi, carroças e cavaleiros, nada mais. Ali era a divisa do perímetro urbano com a zona rural. Ela foi construída pela Companhia Estrada de Ferro Oeste de Minas, para a passagem da linha de ferro.
Com o passar dos anos, aquela região de Lavras foi crescendo e surgiram bairros como a Lavrinhas, um dos mais antigos da cidade. O "túnel" que trouxe o progresso para Lavras, passou a dificultar investimentos naquela região da cidade exatamente por causa do gargalo do "túnel", que impossibilitava a passagem de grandes equipamentos e caminhões de transportes.
Muitos prefeitos tentaram uma solução, uma delas seria a passagem sobre a linha férrea, o que seria a continuação da avenida Pedro Salles, e atravessaria sobre a linha, porém, a Rede Ferroviária não permitiu. O gargalo atrasou a região da Zona Norte por décadas e foi um desafio para muitos prefeitos, desde a década de 70, quando Maurício Pádua, o primeiro prefeito que demonstrou vontade e interesse em fazer o alargamento da passagem sob a linha férrea, foi impedido por diversos fatores. De 1976 até 14 de setembro de 2014, a passagem desafiou políticos e empresários.
Com recursos viabilizados pelos deputados Domingos Sávio (PSDB) e Fábio Cherem (PSD), juntos aos governos federal e estadual, a obra foi realizada pelo então prefeito Marcos Cherem, ela foi concluída graças a contrapartida da Prefeitura de Lavras e terminou dentro do orçamento, sem aditivos. A obra se mostra segura no dia-a-dia, já que sobre ela passam, diariamente, composições da FCA (Ferrovia Centro-AtLântica).
Após a inauguração da obra e no decorrer de quase um ano, muito se falou na tentativa de desmerecê-la. Mas somente os moradores da Zona Norte, que dependem e transitam diariamente pelo "túnel", estão realmente aptos para avaliarem o quanto a obra foi útil. Hoje a passagem está abandonada, sem limpeza, sem capina, paredes pichadas por vândalos, sem iluminação, mas cumprindo a proposta de facilitar o trânsito e beneficiar os moradores da Zona Norte.
Graças à abertura da passagem, existem estudos para fazer uma saída para a rodovia Fernão Dias através da denominada "estrada da Ponte do Funil", levando até Perdões. Alguns condomínios às margens da represa do Funil e grandes investimentos do gênero já estão surgindo.
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