Na tarde desta sexta-feira, alguns funcionários foram para porta do prédio da Prefeitura, como forma de protesto (Foto: Jornal de Lavras)

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O prefeito Silas Costa Pereira surpreendeu mais uma vez os servidores municipais, desta vez foi informada a decisão de reduzir em 10% o salário de todos os servidores municipais a partir de agosto, com a promessa de pagar quando a situação da prefeitura melhorar, o que certamente não será nesta administração. Silas alegou queda acentuada na arrecadação.

A medida tomada pelo Executivo afetará todos os servidores comissionados, contratados, efetivos e agentes políticos, inclusive prefeito e vice-prefeito. Estão fora desta "penalidade" apenas aqueles que ganham abaixo de R$ 1.120 e os que recebem verbas vinculadas a receitas próprias, como a Educação e o Trânsito, além de aposentados e pensionistas.

A medida tomada pelo Chefe do Executivo gerou muita insatisfação, não apenas com o Executivo, mas também com o Legislativo, sobretudo aqueles vereadores da base aliada e que sempre manifestam apoio ao Prefeito.

Com as demissões da TRW e das prestadoras de serviço da empresa de autopeças e agora com a redução de 10% na folha de pagamento da Prefeitura de Lavras, vai haver um impacto muito grande no comércio da cidade, que também poderá demitir e isso pode desencadear uma crise sem precedentes na cidade.

Servidores estão manifestando indignação nas redes sociais sobre a medida. Muitos deles estão defendendo que, antes de ter sido tomada essa medida extrema, o prefeito Silas deveria ter revisto o contrato do lixo, cujos valores praticamente dobraram nos últimos meses, demitido secretários, sobretudo aqueles que não são da cidade, unificado secretarias e ter feito uma política séria de contenção de gastos.

Na tarde desta sexta-feira, alguns funcionários foram para porta do prédio da Prefeitura, como forma de protesto. O Sindicato da categoria marcou manifestação para segunda-feira, dia 12, a ser realizada na porta da prefeitura, para tentar fazer com que o prefeito volte atrás com esse posicionamento. Caso isso não ocorra, e como os servidores estão impedidos de fazer greve, engessados pelo decreto de emergência financeira editado pelo prefeito Silas, eles decidiram permanecer em seus postos, porém, não cumprindo tarefas.