Enquanto dois índios se apresentam encantando os frequentadores da praça, outros comercializam os CDs. Fotos: Jornal de Lavras
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Nos últimos dias, quem passou pela praça Augusto Silva certamente parou por alguns minutos hipnotizado por uma música diferente, suave e relaxante, saída de flautas de pan e quena, instrumentos confeccionados em bambu muito comum entre os índios do Peru, Chile, Equador, Bolívia e Argentina.
A música suave que tem tomado conta da praça é executada por um grupo de índios do Equador. Além da beleza e da suavidade da música, suas roupas também encantam pela multiplicidade de cores vivas e pela variedade de penas de pássaros dos Andes e da floresta amazônica equatoriana.
A cultura do Equador não é muito conhecida pelos brasileiros, a localização geográfica daquele país dificulta, já que o Equador e o Chile são os únicos países sul-americanos que não fazem divisa com o Brasil. No Equador, os povos indígenas estão plenamente integrados na cultura do país, que tem como língua oficial o espanhol, mas destacam também línguas indígenas, que influenciam na música equatoriana. Uma das tribos indígenas equatorianas é a Shoara, também conhecida como Wampis, são índios equatorianos que vivem na divisa com o Peru.
Os shoaras têm uma música rica em elementos da cultura do Equador. A família que está na praça principal da cidade encantando com sua música é de índios Shoaras, ela está se apresentando na praça e comercializando seus CDs com suas gravações, uma forma que encontrou para sobreviver no Brasil, onde está há dois anos.
A família executa músicas regionais e também clássicos conhecidos da cultura andina, como El Condor, entre outros. Eles demonstram um talento extraordinário, uma intimidade com a musica que chama a atenção.
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