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Publicada em: 31/08/2016 11:20 - Atualizada em: 31/08/2016 15:04
Morreu "Sá Mecia", ela tinha 111 anos, era a lavrense mais velha
Hoje Lavras perdeu uma filha que foi testemunha de grande parte da história da cidade, de Minas, do Brasil e do mundo

Rosa Luto

 

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Faleceu nesta quarta-feira, dia 31, em Lavras, Mecia Vitalina Tomaz, a "Sá Mecia", que morava no bairro de Nova Lavras. "Sá Mecia" era a mulher mais velha de Lavras e uma das mais velhas de Minas Gerais, de acordo com seu registro, ela morreu aos 111 anos. "Sá Mecia" garantia que quando foi registrada já era uma menina grande e que foi registrada para poder ser matriculada numa escola primária. Ela dizia que no registro constava que ela havia nascido em 1905, mas que na verdade ela tinha nascido em 1900, então, de acordo com seu relato, na verdade ela fez 116 anos neste ano.

Ela foi babá de famílias conhecidas em Lavras, foi babá de, entre eles, Ramon Alvarenga e João Pizzolante.

"Sá Mecia" nasceu quando Rodrigues Alves governava o Brasil, nasceu quando ainda não existia luz elétrica em Lavras e quando tinha um ano de vida, Alberto Santos Dumont fez o primeiro voo mais pesado que o ar, em Paris, em meados de 1906, com o 14-bis. Ela nasceu antes da invenção do avião.

Em Lavras ela testemunhou, ainda criança, a chegada do serviço de bonde, o surgimento da Escola Agrícola, sua evolução até se transformar em Universidade Federal. Viveu o medo da gripe espanhola que matou mais de 35 mil pessoas no país, inclusive o presidente Rodrigues Alves, que governava o país quando ela nasceu e em 1918 morreu antes de tomar posse em seu segundo mandato. Na história brasileira apenas dois presidentes eleitos não tomaram posse por motivo de falecimento: Rodrigues Alves em 1918 e Tancredo Neves em 1985, "Sá Mecia" testemunhou os dois casos.

Ela viveu também os horrores de duas grandes guerras mundiais, enquanto viveu pôde testemunhas grandes mudanças no Brasil e no mundo. No mundo a Revolução Russa de 1917 criou a União das Repúblicas Socialista Soviética, que foi dissolvida 70 anos depois, Sá Mecia viveu o nascimento e a morte da URSS.

No Brasil, desde seu nascimento até sua morte, ocorreram 38 mudanças de governo, teve o Estado Novo, segunda e terceira República, governos interinos, junta militar, governo militar, Nova República, retomada da democracia, eleição indireta e eleição direta. Tudo isso ela testemunhou.

Para se ter uma ideia, quando "Sá Mecia" nasceu, ainda não havia nascido: Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel, João Figueiredo, Tancredo Neves, José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer.

Mecia Vitalina Tomaz viveu, de acordo com seu registro, 111 anos nos séculos XX e XXI, ela viu muita gente nascer e morrer e, mesmo vivendo uma vida simples, deixou muitos exemplos a serem seguidos.  

"Sá Mecia" será sepultada hoje às 16h30 no Cemitério da Saudade, seu corpo está sendo velado na capela Sagrada Família. 

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