Murilo Agostini Felisberto, um dos mais respeitados jornalistas de redação do Brasil (Foto extraída do blog Amigos do Murilo)

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Um dos maiores jornalistas deste país, jornalista de redação, foi Murilo Agostini Felisberto, ele era natural de Lavras, era filho do dentista Homero Chagas Felisberto e Olga Agostini Felisberto. Murilo estudou no Instituo Gammon e foi exatamente naquele educandário que ele mostrou seu talento para o jornalismo: no dia 15 de maio de 1958, juntamente com Erasmo de Souza, Benoni B. de Oliveira, Betuel de Castro, Ezequiel P. Dias, Nilson Reis e Walter Bartels, lançou o primeiro exemplar do jornal "R. L. R", órgão informativo do Retiro Literário Recreativo.

Quem leu o primeiro exemplar daquele informativo percebeu o talento do estudante, talento este que teve o reconhecimento nacional, quando começou sua carreira no Diário de Minas, carreira que se consolidou no Jornal do Brasil, ao lado de Alberto Dinis, na revista Realidade, com seu amigo Antônio Hamilton Ribeiro, Manchete, Folha de S. Paulo e o Estado de São Paulo. Murilo tornou-se respeitado também por toda classe jornalística, quando ele e Mino Carta, no dia 4 de janeiro de 1966, lançaram o Jornal da Tarde, nos primórdios, como o próprio nome sugeria, era uma publicação vespertina, passando a ser matutina no ano de 1988.

O talento de Murilo Agostini Felisberto transcendia a redação, ele mudou o conceito de diagramação, inovando já no primeiro exemplar do Jornal da Tarde. Na capa, ao invés de política e economia, o destaque foi o casamento de Pelé, que aconteceria no carnaval daquele ano. Segundo Ruy Mesquita, um dos donos do Grupo Estado, a intenção era "fazer alguma coisa que seria um misto entre um jornal diário e uma revista semanal".

O talento do lavrense e de seu parceiro Mino Carta, puxou para a redação do Jornal da Tarde, grandes nomes do jornalismo brasileiro, como: Alberto Helena Júnior, Conceição Cahú, Fausto Silva, Fernando Morais, José Maria de Aquino, José Roberto Torero, Laurentino Gomes, Luis Nassif, Mário Marinho, Tarcisio Machado Carvalhais, Odir Cunha, Roberto Avallone, Sérgio Baklanos e William Waack.

Murilo foi editor do Jornal da Tarde de 1968 a 1978, tempos depois trocou o jornalismo pela publicidade, trabalhando como diretor de arte e diretor de criação da agência DPZ durante a década de 80. Em 2000 voltou ao Jornal da Tarde, onde trabalhou como editor-chefe, no processo de reestruturação do jornal, onde permaneceu até 2003.

"Murilinho", estudante do Gammon, o Murilo Agostini Felisberto, editor dos principais jornais brasileiro e Mestre para os profissionais de imprensa de todo o Brasil, morreu no dia 11 de maio de 2007, vítima de falência múltiplas dos órgãos, decorrente de um câncer no fígado.

Agora o povo de Lavras, através da Câmara Municipal, vai prestar uma homenagem ao grande jornalista, denominando uma extensa rua do Condomínio Montserrat, de Alameda Jornalista Murilo Agostini Felisberto. O projeto que homenageará o Mestre dos jornalistas é de autoria do vereador Marcos Possato.