Delação premiada poderá reduzir pena do ex-secretário Nárcio Rodrigues, do governo de Antônio Anastasia (Foto extraída do site minashoje.com.br)
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A tempestade que está assolando a classe política em Brasília ganhou nesta quarta-feira mais força com a denúncia em sua delação premiada na "Lava Jato", do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que listou os nomes de políticos que teriam recebido propinas no esquema de corrupção na subsidiária da Petrobras, entre eles o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) que, segundo o delator, teria pedido a ele recursos ilícitos para a campanha de Gabriel Chalita (PMDB) à Prefeitura de São Paulo em 2012.
A tempestade que está sobre Brasília começa a se deslocar para Minas Gerais e vem bomba por aí. Dois processos de investigação envolvendo o PSDB mineiro serão agitados por duas delações premiadas, a primeira está sendo negociada pelo ex-presidente estadual do PSDB e ex-secretário Narcio Rodrigues, preso há 15 dias acusado de desvio de R$ 14 milhões na construção de centro de pesquisas de recursos hídricos (Fundação Hidroex), no Pontal do Triângulo. A Hidroex era vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, de 2012 a 2014, período no qual ele foi secretário do governo tucano Antonio Anastasia.
Nárcio está insatisfeito com o abandono dos caciques do PSDB mineiro, entre eles, os senadores Antônio Anastasia e Aécio Neves. Depois que foi prorrogada sua prisão, o ex-secretário de Anastasia teria resolvido falar e apresentar provas até de depósitos no exterior e de outras obras irregulares ligadas à pasta e que vai envolver muita gente.
Mas não é só Nárcio que pode implodir o PSDB mineiro, lembram do "mensalão" do PSDB, com esquema de desvio de recursos na campanha de reeleição do então governador Eduardo Azeredo, em 1998? Pois é, duas pessoas, que não são políticos e que são réus no processo, decidiram colaborar com a Justiça em troca de penas menores. Pelo andar da carruagem, Lavras poderá figurar nos noticiários.
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