O reitor da Ufla, José Roberto Scolforo, foi quem presidiu a reunião

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Na semana passada, o reitor da Universidade Federal de Lavras (Ufla), professor José Roberto Scolforo, presidiu mais uma reunião do Fórum de Reitores de Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais – Foripes, realizada na Cidade Administrativa, Belo Horizonte.

Durante a reunião, os reitores elaboraram nota pública para manifestarem publicamente a confiança na democracia brasileira, se posicionando firmemente na defesa do estado de direito e das liberdades individuais. Segue a nota na íntegra:

NOTA PÚBLICA DO FORIPES-MG

Os Reitores das Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais – IPES, reunidos em Belo Horizonte no dia 6 de abril de 2016, conscientes da função social e do papel estratégico que as IPES desempenham em Minas Gerais e no Brasil, e sabedores da importância histórica deste momento, com o agravamento da crise política e econômica no País, manifestam publicamente sua confiança na democracia brasileira e se posicionam firmemente na defesa do estado de direito e das liberdades individuais.

Da mesma forma, os dirigentes do FORIPES são intransigentes na defesa das investigações sobre desvios de conduta de qualquer cidadão, empresa e autoridade constituída, ou quaisquer atos que firam os ordenamentos jurídicos que caracterizam o respeito à ordem constitucional.

Manifestam ainda o desejo e a expectativa incondicionais de que os expressivos avanços na educação pública em anos recentes, com a evidente necessidade de continuado apoio, sejam mantidos e consolidados, considerando que:

1. aeducação é um direito fundamental do ser humano, sendo um bem público essencial para o desenvolvimento social e econômico do Estado e do Brasil;

2. Minas Gerais possui o maior número de Instituições Públicas de Ensino em todos os níveis, dentre os Estados da Federação, todas interiorizadas e com atuação integrada e articulada em 138 campi, sediados em 125 municípios, em colaboração efetiva com vistas a atingir os objetivos finais das Universidades e dos Institutos federais, que são o ensino, a pesquisa e a extensão;

3. aeducação pública, gratuita e de qualidade é essencial para reverter a situação de desigualdade social e regional do estado de Minas Gerais e que hoje são ofertados regularmente, pelas IPES mineiras, cerca de 200 cursos técnicos e tecnológicos, 600 cursos de graduação, 500 de especialização, 250 mestrados e 150 doutorados, para aproximadamente 245.000 estudantes;

4. são investidos anualmente cerca de R$ 8.000.000.000,00 (oito bilhões de reais) nas IPES mineiras, dos quais aproximadamente R$ 7,5 bilhões provém do Governo Federal nas Universidades e Institutos federais e o restante do Governo de Minas, nas Universidades estaduais;

5. o sistema público de educação superior é a referência de qualidade na formação de recursos humanos para a sociedade, em geral, e para os demais níveis de educação, em especial e que as IPES mineiras possuem cerca de 17.400 professores, na sua maioria mestres e doutores e ainda 22.600 técnicos qualificados em seu quadro permanente de pessoal e mais de 9.400 funcionários terceirizados;

6. os hospitais universitários ligados às IPES mineiras, em número de cinco, são importantes não só para a pesquisa mas, também, para a assistência à saúde em todo estado de Minas Gerais, sendo, em algumas situações, a única alternativa de atendimento de complexidade disponível à população e que são realizados, anualmente, cerca de 2.000.000 de procedimentos hospitalares nos 1.800 leitos disponíveis;

7. aprodução de conhecimentos, a inovação e a transferência de tecnologias são fundamentais para a soberania de um povo e que as IPES mineiras são responsáveis pela maior parte das pesquisas realizadas em Minas Gerais;

8. as IPES mineiras respondem pela maioria dos programas de extensão de relevância social em Minas Gerais, em áreas de grande pertinência social, como alfabetização, nutrição, segurança pública, geração de emprego e renda, e formação de agentes de políticas sociais.

Por fim, o FORIPES entende ser imprescindível a manutenção de investimentos na consolidação, expansão e na qualificação das Instituições Públicas de Ensino Superior em Minas Gerais, um patrimônio nacional e do povo mineiro.