Advogado Jordan Alexandre, que reuniu documentos e vídeo e provou que mulher acusada de integrar quadrilha que assaltou Correios em Itumirim é inocente

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No dia 26 de fevereiro, quatro homens assaltaram a agência dos Correios da cidade de Itumirim. Três deles entraram na agência, sendo dois armados, e anunciaram o assalto, eles levaram R$ 8 mil dos Correios e pertences das vítimas. O quarto marginal tomou de assalto um veículo Chevrolet Cruze, com placas de Lavras e, na fuga, eles bateram na guarda da ponte sobre a ferrovia, que fica cerca de dez metros da agência assaltada.

Em seguida, os quatro desceram do carro e renderam um policial rodoviário reformado que passava pelo local em uma Paraty. Nervoso, um dos assaltantes efetuou um disparo de arma de fogo em direção ao automóvel, o projétil acertou o radiador. Eles fugiram e cerca de um quilômetro para frente, o motor da Paraty começou a "ferver". Eles foram obrigados a abandonar o carro na estrada, embrenharam num pasto e fugiram em direção ao bairro Cohab, daquela cidade.

Policiais militares de Itumirim acionaram a PM em Lavras e imediatamente um grande número de viatura compareceu na cidade e foi dado início a busca. Não demorou muito, oito pessoas foram detidas. A quadrilha é formada por integrantes de Itumirim, Campo Belo e Santo Antônio do Amparo.

A Polícia Federal entrou no caso, já que Correios é uma autarquia federal. Uma viatura da PF foi até Itumirim, os federais periciaram a agência e depois foram até a sede da Companhia de Polícia daquela cidade. Os policiais militares, além de efetuarem a prisão dos 8 supostamente envolvidos, apreenderam duas armas de fogo, um revólver calibre 38 e uma pistola automática, além de recuperar todo o dinheiro roubado.

Dos 8 acusados de integrar a quadrilha estava uma mulher, acontece que o advogado Jordan Alexandre conseguiu provar sua inocência, segundo ele, a mulher foi presa ilegalmente quando passava na rua onde foram efetuadas as prisões dos suspeitos.

O advogado contou que após assumir a defesa, em conversa com sua cliente, esta negou sua participação e não sabe informar o motivo que a levaram ao cárcere, uma vez que no momento dos fatos se encontrava em um supermercado na cidade de Lavras.

O advogado reuniu provas e conseguiu, através de um ofício concedido pela Justiça Federal, as filmagens do local, onde ela havia dito que estava, com isso, comprovando que sua cliente, de fato, lá se encontrava. "Cabe aqui enaltecer o parecer do Ministério Público Federal, que foi favorável a soltura da suposta acusada", disse o advogado Jordan Alexandre à reportagem do Jornal de Lavras.

Segundo ele, "a prisão foi totalmente ilegal e absurda, vez não existem, sequer, indícios de autoria e materialidade dentro dos autos que justificassem a prisão da acusada, "já dizia Voltaire: é melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente", disse.

O advogado enfatizou ainda que não existem provas de que sua cliente participou da ação delituosa, sendo assim a manutenção da acusada em cárcere é ilegal e fere de morte o Princípio Constitucional da Presunção de Inocência.

Ele disse ainda, que confia na justiça e espera que sua cliente seja inocentada de todas as acusações e que sendo inocentada, após o transito em julgado da decisão, o Estado vai sim responder judicialmente pelos 18 dias que sua cliente ficou presa.

Ainda, segundo o advogado, as investigações estão se iniciando, que em momento oportuno, demais provas serão produzidas comprovando de fato a inocência de sua cliente.