Mulher negra e política catarinense, que enfrentou preconceitos e impôs sua autoridade (Foto: Cedoc/SC)

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Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, amanhã, dia 8, será exibido na Universidade Federal de Lavras (Ufla), o documentário "Antonieta", que conta a história da educadora, jornalista, escritora e política Antonieta de Barros. Ela foi a primeira mulher eleita parlamentar no Brasil, em 1934, em Santa Catarina, enfrentando dois preconceitos na época: ser mulher e negra. Ela foi professora, cronista e feminista florianopolitana, sendo que Santa Cataria é um estado de predominância de pessoas brancas.

A exibição será às 19h30, no Anfiteatro do Departamento de Ciências Exatas (DEX). A entrada é gratuita e, após a exibição, será feito um debate sobre o panorama da emancipação feminina, discutindo avanços e desafios.

Catarinense e filha de escrava liberta, Antonieta de Barros dedicou-se a três causas: emancipação feminina, valorização da cultura negra e educação para todos. Antes mesmo de ingressar na política, já demonstrava preocupação com essas pautas, tendo fundado um curso voltado para alfabetização da população carente em 1921. Além disso, fundou e dirigiu o jornal "A Semana" (1922 a 1927) e dirigiu uma revista antes de ser eleita. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, escreveu o livro "Farrapos de Idéias", em 1937.

Lançado no final de 2015, o documentário "Antonieta" foi produzido pela cineasta paulistana Flávia Person. No filme, que conta a sua história e suas batalhas, foram utilizadas imagens de acervos e fotos cedidas por familiares.