Foto ilustrativa
O aquecimento no mercado imobiliário e a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) nos materiais de construção trouxeram problemas para os pequenos varejistas do setor. Com a alta demanda por produtos por parte de construtoras e grandes redes, o prazo de espera para a entrega dos itens para os microempresários está até duas vezes maior, pelo menos na região.
Cimento, tijolos e itens ligados à tubulação são os que registram maior atraso. A entrega de tijolos cerâmicos, por exemplo, pode levar mais de um mês e obriga comerciantes a entrarem na fila de espera mesmo antes do fim dos estoques.
Os pequenos comerciantes de bairros, responsáveis por fornecerem cerca de 80% do material de construção para quem está reformando ou fazendo uma pequena ampliação, sofrem com a falta da mercadoria.
Quem sai mais prejudicado com isso é quem aproveitou o 13º salário para fazer aquela sonhada reforma na casa. Ele enfrenta dois problemas: falta de mão-de-obra e falta de materiais. O motorista João Modesto de Oliveira comprou uma casa no bairro Caminho das Águas I, quando adquiriu o imóvel ele programou aumentá-lo, coisa que já faz há mais de um ano.
"Só toco a minha obra quando tenho dinheiro", disse. "Como dinheiro demora muito para sobrar, a obra fica mais parada", completou. João Modesto disse que nunca poderia imaginar que o maior problema de sua obra hoje é a falta de material e a falta de mão-de-obra.