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O prefeito Silas Costa Pereira esteve na noite de ontem, quarta-feira, na comunidade rural do Cajuru do Cervo, ele foi levar à população daquela comunidade a proposta de transformar o Cajuru do Cervo em zona urbana da cidade, ele estava acompanhado de uma comitiva de vereadores, advogados, secretários e do vice-prefeito Clóvis Corrêa.
Silas, explicou, falou das vantagens de como ficaria a comunidade se ela se transformasse em bairro, e depois abriu a palavra para quem quisesse expressar sua opinião sobre o assunto.O vereador João Paulo Felizardo usou da palavra para dizer que não acreditava que aquele momento fosse propício para se transformar a comunidade em bairro da zona urbana, ele alegou que o momento não era favorável, que o Brasil e o Estado viviam uma crise e Lavras não era diferente.
Uma moradora da comunidade também fez uso da palavra e disse que primeiro Silas deveria "mostrar serviço em Lavras" para depois fazer a proposta aos moradores da comunidade, ela fez duras críticas ao chefe do Executivo que não se conformou e, a exemplo do confronto com a mãe de um aluno de uma escola municipal no dia 23 de novembro do ano passado, discutiu. A diferença foi que no ano passado Silas falava com ironia, tudo na frente das mães dos alunos da escola e deixou o lugar dizendo: "... que o Cherem volte daqui a dois anos, minha filha".
O vereador João Paulo Felizardo foi falar em seguida, após a moradora da comunidade, porém, Silas disse que aquele local não era a Câmara, chamou o vereador de "moleque" e mandou ele "procurar sua turma", disse que ele era politiqueiro e que estava fazendo politicagem. O parlamentar respondeu dizendo que o vereador era o representante do povo, deixando Silas mais irritado ainda.
Uma líder da comunidade pediu aos moradores da comunidade que votassem a proposta do prefeito Silas, ela obteve apenas três votos favoráveis, em seguida, questionou quem era contra e a grande maioria, cerca de 60 moradores, optaram pela não transformação da comunidade em bairro da cidade, isso deixou o prefeito notoriamente insatisfeito.
A insatisfação foi expressa através do pronunciamento que fez aos presentes, ele disse que não estava lá para enganar ninguém com politicagem, mentira aproveitando da inocência e da boa fé das pessoas para poder ter vantagens políticas. Disse que políticos deste nível iriam acabar ou então acabava o país. Disse que as pessoas teriam de ter consciência política, que o povo teria de eleger pessoas descentes, honestas e comprometidas com o povo e não "com o próprio umbigo".
Ainda não satisfeito, o Chefe do Executivo fez duras críticas ao ex-prefeito Marcos Cherem, disse que o "túnel da Zona Norte" foi inaugurado às pressas, de forma irresponsável porque Cherem sabia que havia sido cassado, disse que Marcos Cherem deu um prejuízo de R$ 500 mil a municipalidade com a inauguração antecipada, porém, não explicou como a antecipação da inauguração gerou este prejuízo.
O vice-prefeito Clóvis Corrêa percebeu que Silas havia se descontrolado e tentava acalma-lo. A comitiva que acompanhou o Chefe do Executivo ficou constrangida e ninguém disse nada, nem mesmo os vereadores da situação. Os secretários ficaram desconcertados e a situação ficou pior quando Silas e a comitiva deixaram a comunidade, muitos chegaram a gritar: "vai embora, ninguém te quer aqui", "primeiro faça alguma coisa por Lavras", e outras frases do gênero.
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