De acordo com a nota da assessoria de Imprensa de Lavras, houve diminuição de casos em relação a janeiro do ano passado e isso se deve a ações como mutirões realizados pelos Agentes de Combate às Endemias

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O mosquito Aedes aegypti está assustando os mineiros, este ano ele já matou duas pessoas com dengue. A preocupação é com a dengue, chikungunya, zika e os casos de microcefalia ligados a essa última doença cresceram expressivamente no Estado. Em um período de sete dias, os casos prováveis de dengue aumentaram 81% e os de febre zika em investigação mais que dobraram. De acordo com nota da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) é de que esses últimos aumentem ainda mais nas próximas semanas, já que desde o dia 1º a notificação de infecção por zika passou a ser obrigatória, compulsória e universal, como já ocorre para os casos de microcefalia e de gestantes com sintomas.

O período de estiagem e o calor intenso devem fazer com que os casos aumentem nos próximos dias. O período pós-chuva é a época do ano mais propícia à circulação do vetor e, consequentemente, da transmissão dos vírus. Em Lavras não foi registrado nenhum caso da chikungunya, os registros suspeitos são, na sua maioria, na divisa de Minas Gerais com o Rio de Janeiro. Ainda de acordo com a SES-MG, não há nenhum confirmado. Embora o número de casos em investigação tenha aumentado 171%, a SES-MG ainda aguarda a confirmação de casos de transmissão autóctone, aquela que ocorre no próprio estado. Por enquanto, Minas só tem casos vindos de outros estados.

Já em relação a zika, o problema é mais preocupante e mais grave: o vírus que provoca a infecção já é transmitido em Minas Gerais. Na segunda-feira, a Secretaria Municipal de Juiz de Fora confirmou um caso de zika em uma gestante de 35 anos, mas o registro não entrou para os dados oficias porque o exame foi feito em laboratório particular. A SES-MG está tentando obter uma amostra do material para enviar aos laboratórios oficiais, da Fiocruz. A microcefalia atribuída ao zika vírus também fez mais vítimas. Já são 85 casos notificados, entre bebês com perímetro cefálico menor que 32 centímetros e gestantes com o aparecimento de erupções cutâneas vermelhas, as chamadas exantemas, as manchas vermelhas que são o principal sintoma da febre zika. São 19 recém-nascidos em investigação, contra oito da semana passada. Já as gestantes em acompanhamento passaram de 16 para 22.

Ontem, terça-feira, dia 2, a assessoria de Imprensa da Prefeitura de Lavras divulgou uma nota afirmando que o mês de janeiro, em relação ao janeiro do ano passado, fechou com uma redução de 80% do número de casos de dengue. De acordo com a nota, em janeiro deste ano foram notificados 21 casos, destes, 14 são de pacientes de Lavras e 7 de outras cidades do entorno. No ano passado em igual período, foram 78 notificações. As autoridades de saúde do município devem levar em conta que o período chuvoso de janeiro do ano passado foi menor e a dengue prolifera em dias de calor, pós-chuva.

De acordo com a nota da assessoria de Imprensa a razão da diminuição em relação a janeiro do ano passado se deve a realizações de mutirões e as medidas para conscientizar as comunidades sobre a necessidade de adotar comportamentos que auxiliem no combate à doença. Dos 14 casos originários de Lavras, 11 já foram confirmados.