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Publicada em: 28/01/2016 07:00 - Atualizada em: 28/01/2016 12:42
Vereadores de Lavras boicotaram reunião extraordinária: apenas 6 compareceram
Impasse na Câmara prejudica servidores, eles não receberam seus salários e problema está longe de ter um fim

Apenas seis, dos 17 vereadores, compareceram a reunião extraordinária convocada para solucionar o problema dos servidores que estão sem receber seus salários (Foto: Jornal de Lavras)

 

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O presidente da Câmara Municipal Cleber Pevidor convocou os vereadores para uma reunião extraordinária a ser realizada na noite de ontem, quarta-feira, dia 27. A reunião foi em função da negativa do Executivo em fazer o repasse obrigatório para a Câmara Municipal, alegando que o Poder Legislativo tem dinheiro em caixa.

Acontece que a Câmara criou um fundo especial para a reforma do prédio, já que eles deverão mudar ainda este ano para as antigas instalações da escola municipal "Padre Dehon", na avenida Pedro Salles. Neste fundo está depositado R$ 800 mil, dinheiro que tem aquela finalidade específica.

Com a decisão do Executivo em não repassar o dinheiro, os vereadores e servidores da Câmara Municipal ficaram sem receber seus salários, também não foram pagas contas como Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), conta de água, aluguel, o repasse para o LavrasPrev, telefone, pensão alimentícia e outros. Essa é a primeira vez na história da Câmara Municipal que ela fica inadimplente.

Na conta corrente a Câmara possui um saldo de pouco mais de R$ 18 mil, porém, nem as contas de menor valor foram pagas, isso porque o vereador Luciano de Melo, o "Tilili", que é tesoureiro da Casa Legislativa, se recusa a assinar os cheques porque ele alega que não é mais tesoureiro da Câmara, pois segundo ele, de acordo com o artigo 8º do Regimento Interno da Câmara, a posse dos eleitos para a Mesa Diretora seria no período de primeiro de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2015.

Como é sabido, o vereador Leandro Moretti descobriu uma falha na lei e os cargos se estenderão por mais um ano, acontece que o vereador Luciano "Tilili" quer ser o novo presidente da Câmara, com o apoio do prefeito Silas Costa Pereira. Ele não concordou e quer que o presidente Cleber Pevidor, que está amparado por lei, renuncie para que ele possa ser o candidato e certamente o vencedor, pois Silas tem a maioria na Câmara.

Pevidor convocou a reunião extraordinária para que os vereadores autorizassem a retirada do dinheiro aplicado no fundo para poder quitar as contas, até que se resolva o impasse com o Executivo. A reunião estava marcada para às 19h de ontem, porém, alguns vereadores não compareceram para fazer um boicote ao presidente e enfraquece-lo frente aos servidores. O que eles não sabiam era que Pevidor queria resolver a questão dos pagamentos.

Na reunião compareceram apenas os vereadores João Paulo Felizardo, Anderson Marques, José Márcio Faria, Cleber Pevidor, Leandro Lazzarini Moretti e José Bento da Silva. Segundo presidente Cleber Pevidor, os vereadores Marcos Possato e José Delfino avisaram que faltariam a reunião por compromissos assumidos anteriormente, os demais ignoraram a convocação.

A reunião foi realizada e transmitida ao vivo pela TV Câmara, ela não foi deliberativa, mas toda a população tomou conhecimento do que está acontecendo naquela Casa Legislativa. Pevidor abriu a sessão, falou sobre os assuntos que seriam tratados e, em seguida, passou a palavra aos vereadores. Leandro Moretti questionou o presidente se ele havia recebido oficialmente a renúncia dos integrantes da Mesa, Pevidor disse que não, que apesar deles terem demonstrado que renunciariam aos seus cargos, não o fizeram.

Pevidor disse que conversou com o vereador Alisson Mattioli, que é segundo tesoureiro e pediu a ele que assinasse os cheques e, segundo ele, Matiolli teria dito que não assinaria e que participaria da reunião extraordinária onde apresentaria sua renúncia, mas ele não compareceu e nem apresentou documento renunciando.

Segundo Pevidor, um vereador ocupa um cargo público e ele tem de agir não de acordo com suas vontades, tem que agir como determina a lei, que a recusa dos integrantes da Mesa Diretora em não assinar documentos e mas também não abrir mão de seus cargos, poderá acarretar problemas a eles.

O vereador Anderson Marques falou que lamenta a situação em que a cidade se encontra, falou dos problemas causados pelo Executivo e que agora estão sendo causados no Legislativo, falou em efeito dominó. Anderson disse que o que está ocorrendo em Lavras nunca havia ocorrido antes.

Ninguém mais usou da palavra e o vereador presidente Cleber Pevidor encerrou a sessão.

Vereadores que faltaram à reunião extraordinária para poder resolver a questão dos pagamentos dos servidores e dos compromissos da Câmara Municipal: Luciano Fernandes de Melo (Tilili), Elias Freire Filho (Lila), Francisco Carlos de Jesus (Carlão da Saúde), Edmar Bento da Silva (Edmar do Paiol), José Henrique Rodrigues, Alisson Mattioli, Sebastião dos Santos Vieira, Daniel Costa e Evandro Castanheira Lacerda (Chapisco).

Vereadores que não compareceram, mas justificaram a ausência: Marcos Possato e José Delfino, este último enviou seu assessor para se inteirar dos assuntos que foram tratados na reunião extraordinária. 

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