No dia seguinte, bombeiros e voluntários trabalham no rescaldo do circo, muitos corpos de crianças foram encontrados no dia seguinte a tragédia (Foto: O Globo)
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Há 54 anos a televisão era privilégio de poucos, o circo e o cinema eram a diversão das famílias, especialmente nos fins de semana a arte circense, então, apresentava-se sedutora. Em Niterói (RJ) estava montado o Gran Circo Norte-Americano, com a fama de ser o maior da América Latina. Naquele dia 17 de dezembro de 1961 o espetáculo começou com alegria e terminou com uma das maiores tragédias do Brasil: três criminosos atearam fogo no circo e 503 pessoas morreram, sendo 70% delas crianças.
Muitas pessoas morreram pisoteadas e a tragédia ganhou esta proporção também pela falta de socorro imediato, pois o principal hospital da região, o "Antônio Pedro", estava com suas portas fechadas devido a uma greve de acadêmicos que defendiam a federalização do estabelecimento por melhores condições.João Goulart foi para Niterói no dia seguinte.
A tragédia comoveu o mundo, o Papa João XXIII pediu que o mundo orasse pelos brasileiros e lamentou as centenas de mortes, a maioria delas de crianças.
O socorro chegou de todos os lados do Brasil. De Lavras, um grupo de voluntários, ligados à área da saúde, se deslocou até Niterói para poder ajudar as quase duas mil pessoas feridas, que foram alojadas em hospitais de Niterói, Rio de Janeiro e nas bases montadas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica.
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