Deputado federal Eduardo Azeredo, PSDB-MG. (Foto extraída do site psdb.org.br)
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O ex-senador e ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) foi condenado nesta quarta-feira pelos crimes de peculado e lavagem de dinheiro. A decisão é da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte e foi proferida pela juíza Melissa Pinheiro Costa Lage. Ao todo, as penas somam 20 anos e 10 meses de prisão. A decisão é de primeira instância, portanto cabe recurso. As condenações são decorrentes do esquema conhecido como mensalão do PSDB, ocorrido durante a campanha de 1998 para disputa da reeleição do tucano ao governo de Minas Gerais. Azeredo foi condenado por desviar R$ 3,5 milhões.
Na sentença, a juíza classifica o comportamento do ex-governador tucano como "reprovável". "Promover o desvio dessa verba em benefício próprio, no caso, com a finalidade de se reeleger, o acusado atraiçoa o sentido de poder que o cargo lhe proporciona, atribuído pelo povo. Além disso, inspira outros agentes a práticas criminosas e à impunidade, razão pela qual o grau de censura deve ser exacerbado", afirmou.
O tucano teria utilizado contratos de publicidade de fachada para os eventos esportivos Enduro da Independência, Mundial de Supercross e Iron Biker patrocinados pelas estatais mineiras Cemig, Copasa e Bemge por meio da SMP&B Comunicação, usada por Marcos Valério para abastecer também o esquema petista. Esse dinheiro, segundo a juíza Melissa Lage, abasteceu o caixa 2 da campanha do tucano. "Criou-se uma organização criminosa complexa com divisão de tarefas aprofundada, de forma metódica e duradoura", assinala a juíza na sentença.
O PSDB mineiro divulgou logo após a decisão da justiça uma nota para a imprensa, de acordo com a nota do PSDB, "a decisão de primeira instância em relação a Eduardo Azeredo surpreendeu a todo o PSDB que conhece a trajetória política e a correção que sempre orientou a vida do ex-senador e ex-governador".
Dando continuidade a nota, o PSDB garante que Azeredo é inocente. "Respeitamos a decisão da Justiça, mas estamos confiantes de que nas instâncias superiores o ex-senador possa apresentar as razões de sua inocência e haja reavaliação da decisão".
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