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Publicada em: 03/11/2015 20:06 - Atualizada em: 04/11/2015 08:17
Clima tenso na Prefeitura de Lavras nesta terça-feira - veja fotos
Silas disse que não tem dinheiro e quem quiser fazer greve que faça. Disse também que fará demissões de contratados em todas as secretarias as partir da próxima semana

Manifestação dos Servidores (Fotos: Jornal de Lavras)

 

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A terça-feira, primeiro dia útil do mês de novembro, foi tensa na Prefeitura de Lavras. Pela manhã, por volta de 6h30, alguns servidores se reuniram na porta da prefeitura para se manifestar contra o atraso de salários, um carro de som comandava o movimento. A chuva e o horário atrapalharam os servidores e poucos se prontificaram a comparecer para a manifestação.

À tarde, às 13h e sem chuva, um grupo maior de servidores foi para a porta do prédio, desta vez a manifestação foi ruidosa, com apitos, cornetas, carro de som e muitos gritos de "onde está o meu salário". Um carro de som comandava a manifestação do lado de fora e, do lado de dentro, cerca 30% dos servidores concursados e mais os comissionados trabalhavam.

Além dos servidores estavam presentes na manifestação os vereadores João Paulo Felizardo e Alisson Mattioli, além da diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, que têm a frente o sindicalista Sebastião Marques da Silva, o "Neguinho", como é conhecido, e o advogado do Sindicato Edbrendo Pereira Monteiro. Estes foram até ao gabinete do prefeito Silas Costa Pereira para solicitar dele uma atenção com os servidores, eles foram informados que o Chefe do Executivo teria saído para almoçar, mas que por volta de 14h conversaria com os servidores.

Em dado momento, o prefeito Silas, depois do retorno do almoço, compareceu na entrada da Prefeitura para falar com os servidores. Foi um momento tenso, Silas chegou algumas vezes a se exaltar, bem como os servidores. Silas disse que se os servidores quiserem entrar em greve que poderiam, mas que ele não tem dinheiro para poder saldar a folha, e mais uma vez atribuiu a culpa da falta de recursos à administração passada, que, segundo ele, impactou a folha com o plano de cargos e salários dos servidores elaborado.

Falou também que ao contrário do que disse o vereador Leandro Moretti, teve sim uma queda acentuada da arrecadação, disse também que, na segunda-feira, dia 16, o secretário Sérgio Luiz Aguiar Castelo, vai a Câmara provar, com documentos, que Moretti faltou com a verdade.

Silas gesticulava e falava alto, uma demonstração clara de que estava visivelmente irritado com as interrupções dos servidores e com a falta de paciência deles. Em dado momento o advogado do Sindicato sugeriu a ele que recebesse em seu gabinete uma comissão de servidores, além dos dois vereadores e do presidente do Sindicato, o que foi acatado.

Já no gabinete, o clima foi mais tranquilo, Silas já não estava mais irritado. Ele explicou que não tem recursos mesmo e que a perspectiva de organizar o caixa da prefeitura seria para março, até lá, os servidores teriam que entender a situação. No gabinete o Prefeito voltou a atribuir a crise à política nacional, ao ex-prefeito Marcos Cherem e a queda de arrecadação.

Os servidores cobraram dele o pagamento dos tickets alimentação e ele sugeriu que os vereadores Alisson e João Paulo, com o apoio dos servidores, pedissem que o presidente da Câmara, vereador Cleber Pevidor, faça a devolução de R$ 450 mil, para garantir o pagamento dos tickets atrasados na próxima semana.

Questionado sobre a razão de não enxugar a folha, Silas disse que tomaria uma providência esta semana, disse que pediu aos secretários de cada secretaria que indicassem quem eles cortariam da folha de pagamento. Silas falou que os cortes, que vão começar a partir da semana que vem, representariam 15% da folha de pagamento.

Os servidores disseram que, quando realizavam sua manifestação na porta da Prefeitura, um funcionário da Secretaria de Imprensa fotografou todos, eles disseram que as fotos não foram da manifestação, mas com a clara intenção de intimidar os servidores. O vereador João Paulo Felizardo disse que levaria esta denúncia ao Chefe do Executivo e pediria a ele providências.

 

Levantamento

O Jornal de Lavras fez um levantamento e descobriu que na região, as sete cidades do entorno de Lavras: Ribeirão Vermelho, Ijaci, Perdões, Nepomuceno, Itumirim, Ingaí e Carmo da Cachoeira, nenhuma prefeitura está com salários atrasados. Das cinco maiores cidades do Sul de Minas: Poços de Caldas, Pouso Alegre, Varginha, Passos e Lavras, apenas a Prefeitura de Lavras não está em dia com seus servidores.

Outras cidades da região, como Campo Belo, Oliveira, Três Pontas, Alfenas e São Lourenço, estão conseguindo manter em dia suas folhas. Todas as prefeituras falam em queda de receita e em dificuldades, mas priorizam a folha de pagamento.

A cidade de Guapé, no Sul de Minas, que tem uma população estimada em 14 mil habitantes, está na mesma situação de Lavras, naquela cidade, os servidores municipais fizeram uma greve em setembro. Além de Guapé, as prefeituras de Aguanil, São Sebastião do Paraíso, Itabira e Caratinga, estão na mesma situação.

Algumas das prefeituras consultadas tomaram medidas para diminuir custos básicos da administração, desde economia com água, combustíveis, luz, telefone e até redução de expediente e salários para poder garantir caixa para o 13º salário.

 

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