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Publicada em: 16/09/2015 16:45 - Atualizada em: 16/09/2015 22:53
Atraso de salário: servidores pressionam Sindicato, que pressiona Prefeito, que pressiona a Câmara
O presidente da Câmara já adiantou que nada pode fazer neste caso, pois o dinheiro que tem em caixa já possui destinação determinada

Prefeitura de Lavras

 

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O prefeito Silas Costa Pereira se reuniu ontem, terça-feira, dia 15, com a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Lavras e com o advogado do sindicato Edbrendo Pereira Monteiro, pois os servidores do município disseram que iriam parar suas atividades caso não fosse colocado em dia o pagamento de seus salários.

Após a reunião, o advogado Edbrendo Pereira Monteiro gravou uma mensagem para os servidores e a distribuiu via WhatsApp. Na mensagem o advogado falou que o prefeito disse que não tem dinheiro, que foi feita uma contabilidade errada, um plano de cargo e carreira achando que o impacto na folha iria ser um, mas o impacto foi totalmente diferente, e que com a queda de arrecadação, ficou sem caixa para fazer o pagamento. Na mensagem o advogado disse, ainda, que a prefeitura estava lutando junto a Câmara Municipal para que ela devolvesse R$ 2 milhões de seu orçamento à prefeitura, para quitação da folha de pagamento.

Caso a Câmara devolva o dinheiro, segundo Silas declarou para o advogado Edbrendo, todos os salários serão pagos, inclusive os atrasados, e daí para frente isso não ocorreria mais. Os servidores entenderam que, de acordo com as declarações do Chefe do Executivo, não haveria distinção entre a classe e todos receberiam seus salários – médicos e demais servidores. Agora os servidores pretendem ir a Casa Legislativa pressionar os vereadores a devolver o dinheiro o mais rápido possível.

A reportagem do Jornal de Lavras entrou em contato com o advogado Edbrendo e ele confirmou que a gravação havia sido feita por ele mesmo e que aquela era a proposta. Depois o Sindicato dos Servidores emitiu uma nota na qual afirmou que os médicos do Programa de Saúde da Família (PSF) e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, em deliberação conjunta na reunião realizada ontem, tendo em vista que os usuários do sistema público de saúde que necessitam do atendimento no SUS por não poderem arcar com serviços de saúde suplementar; a situação de crise fiscal com quedas dos repasses federais e estaduais que levaram a problemas orçamentários graves na maioria das prefeituras inclusive na de Lavras; as medidas positivas que a prefeitura municipal vem tomando no intuito de reduzir gastos; a possibilidade de a Câmara Municipal de Lavras devolver um montante de cerca de 2 milhões de reais o que levaria ao acerto dos salários atrasados, decidiram suspender o movimento de greve e retornar às atividades de atendimento à população a partir de hoje, quarta-feira, dia 16, às 7h.

A nota fala, ainda, sobre uma nova reunião dos médicos na próxima terça-feira, dia 22, para uma reavaliação e perspectiva de regularização do pagamento e os rumos do movimento para pagamento salarial.

A reportagem então entrou em contato com o presidente da Câmara Municipal, vereador Cleber Pevidor, que estava viajando, mas respondeu aos questionamentos por telefone. Pevidor disse que não estava entendendo o prefeito Silas, pois ele tinha conhecimento que ele, Pevidor, havia assumido o compromisso com a União para pegar o prédio antigo da escola municipal Padre Dehon, que estava prestes a ser devolvido pela Rede à União, para ali instalar a sede do Poder Legislativo.

Segundo o presidente da Câmara, o prédio onde hoje a Câmara se reúne e os vereadores mantêm seus gabinetes foi interditado em fevereiro deste ano por questões de falta de segurança, a interdição foi comunicada aos vereadores pelo Ministério Público, que encaminhou para a Justiça pedir o despejo da Casa Legislativa. Eles estão ainda no local por força de liminar, mas sabem que a qualquer momento podem ser despejados.

Diante disso, o presidente fez um acordo com a Prefeitura de Lavras de ficar com o antigo prédio da escola, o reformar e, então, transferir a sede do Poder Legislativo para  o local. Isso resolveria o problema do despejo e o da perda do prédio da antiga escola Padre Dehon. O legislativo fez este acordo contando com o dinheiro que está economizando desde janeiro, cerca de um milhão e quinhentos mil Reais, para fazer a reforma do prédio.

Foi expondo este contexto que o presidente Pevidor disse não estar entendendo porque o prefeito fez esta proposta aos servidores. Além disso, Cleber Pevidor disse que falou novamente tudo isso com o prefeito, e reafirmou a impossibilidade da Câmara devolver este dinheiro na última segunda-feira.

Perguntado sobre a medida que a Câmara vai tomar com relação a esta questão, o presidente disse que apesar de estar em viagem, já acionou a assessoria jurídica da Câmara para notificar o sindicato, para que ele comprove que o prefeito falou mesmo nesta devolução de dinheiro. "O que deixa transparecer é que o prefeito está jogando a responsabilidade dele para a Câmara, e mais: mesmo que esse valor pudesse ser devolvido, quem o ajudará a pagar a folha de pagamento do próximo mês? E a de Outubro? E as próximas?", ponderou Pevidor.

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