UPPs no Rio de Janeiro garante hoje a segurança onde ontem o crime organizado havia se instalad. Foto: Jornal O Globo
As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) que estão sendo implantadas no Rio de Janeiro desde 2008 em favelas onde o crime organizado foi desmantelado, será modelo em Minas Gerais em cidades onde existem bolsões de miséria, favelas e desorganização social.
Serão 40 municípios mineiros que irão receber as 218 Bases Comunitárias de Segurança Pública prometidas pelo Ministério da Justiça, entre 2011 e 2014. Os postos, que no Rio de Janeiro recebem o nome de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e que aqui, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), se convencionou chamar de bases comunitárias, serão instalados através do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci).
A maioria das UPPs serão implantadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), em locais de grande concentração de pobreza, onde o crime procura estender seus tentáculos.
No Sul de Minas quatro cidades terão unidades desta natureza: Passos, Poços de Caldas, Pouso Alegre e Varginha, cada uma destas cidades serão contempladas com duas unidades cada. Na região, as UPPs serão implantadas em locais onde existe a criminalidade e o tráfico de drogas, mas ainda não organizado; as UPPs chegarão antes mesmo do crime se organizar.
Lavras não está nos planos da Secretaria de Estado de Defesa Social, isso porque aqui o índice de criminalidade ainda é considerado baixo. Lavras é sede de Batalhão da PM, sede de Comando Regional de Polícia Militar, sede do Sexto Departamento Regional de Polícia Civil e sede de Delegacia Regional de Polícia Civil.
Outro fator que contribui muito para que o índice de criminalidade seja baixo em relação a outras cidades do porte da Lavras, é a renda per capta: uma das mais altas do Sul de Minas. Em conseqüência disso, a cidade não possui favelas e nem bolsões de miséria, locais onde o crime organizado se faz presente.