Corpo da vítima coberto no local do crime. Abaixo, foto do assassino na viatura da Polícia Militar. Fotos: Jornal de Lavras
Há muitos anos que a cidade não testemunhava um crime tão assustador como o que rua Ismael de Oliveira, no bairro Tipuana. Francisco de Paula Vitor, 61 anos, lavrador, natural de Lavras, matou com vários golpes de foice o aposentado Pedro Cândido, 56 anos, natural de Lavras e morador da rua Evaristo Alves, no bairro Cruzeiro do Sul.
O crime aconteceu às 17h15 e a Polícia Militar chegou logo após, quando o assassino ainda estava no local. Ainda de posse da foice que havia matado o aposentado Pedro Cândido, o assassino reagiu com a chegada dos militares e passou a agredir os policiais com a foice.
Os policiais militares efetuaram diversos disparos com bala de borracha contra o assassino enfurecido. Depois de um tempo de intensa confusão, Francisco correu para dentro de sua residência e trancou as portas e janelas, obrigando os militares a arrombar a porta e jogar uma bomba de gás lacrimogêneo dentro da residência, para obrigá-lo a sair.
Francisco saiu e novamente partiu para cima dos policiais que atiraram diversas vezes para intimidar o assassino. Em dado momento Francisco caiu e foi seguro pelos policiais. Ele gritava a todo instante que queria matar os militares. Ele foi contido, algemado e colocado dentro da viatura da PM.
Os policiais apreenderam uma foice, uma faca e um facão, que também podem ter sido usados no crime. Segundo uma vizinha do assassino, ele é benzedor e tem ligações com religião que tem crença no satanismo. Outra vizinha disse que Francisco havia tentado contra a vida de um de seus filhos no mesmo dia, antes de cometer o crime.
Presume-se que o aposentado Pedro Cândido estava no lugar errado e na hora errada e, se não fosse ele seria outro, já que Francisco, o assassino, estava, segundo sua vizinha, "possuído e disposto a matar qualquer pessoa". "Ele tentou atrair minha filha de 9 anos para perto dele, eu que não deixei a menina chegar", disse uma das vizinhas do criminoso.
O corpo de Pedro Cândido estava esquartejado - ele teve o pescoço cortado com dois golpes de foice, além de ter as duas pernas cortadas na altura do joelho. O volume de sangue próximo ao corpo chamou a atenção da polícia e dos bombeiros que foram até o local do crime.
Um irmão, uma sobrinha e um filho da vítima estiveram no local. O filho ficou transtornado e queria ver o corpo do pai, ele gritava e chorava muito, foi necessário segurá-lo para que ele não se aproximasse do corpo, que foi coberto pouco antes da chegada dos familiares.
O corpo foi retirado do local pela Funerária Carvalho, logo após a perícia, que foi acompanhada por dois delegados. O aposentado foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) "Virgílio Carvalho", onde foi periciado. O sepultamento do aposentado será realizado quinta-feira, dia 11.
O criminoso foi conduzido pela polícia até a Unidade Regional de Pronto Atendimento (Urpa), onde foi medicado, depois conduzido até a XXX Delegacia Regional de Segurança Pública, onde foi ouvido e, em seguida, para o presídio estadual.
O assassino, quando ainda estava na viatura da Polícia Militar, falou algumas palavras desconexas para a reportagem do Jornal de Lavras, leia no Boletim anterior: