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Publicada em: 09/02/2015 19:31 - Atualizada em: 10/02/2015 09:39
Em Minas, 126 cidades estão sem água e 6 estão debaixo d'água
Minas vive um paradoxo: parte do Estado falta água e outra está debaixo d'água. As chuvas já fizeram 3 mil desabrigados

Sol e chuva (imagem ilustrativa)

 

 

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Minas Gerais vive uma situação contrastante, tem cidades faltando água e cidades debaixo d'água, o problema é simultâneo e às vezes na mesma região.

A crise hídrica assola 126 municípios em estado de emergência por causa da seca, sendo que em 16 deles, o decreto de reconhecimento da situação calamitosa já foi assinado em janeiro. Por outro lado, seis cidades encontram-se na mesma situação devido aos danos causados por temporais, que já deixaram 2.955 pessoas desabrigadas e danificaram 355 casas no território mineiro, segundo balanço da Defesa Civil estadual. Três pessoas morreram em consequência das chuvas.

Em Itaverava, na Zona da Mata, fortes chuvas atingiram 70 famílias e agora as autoridades municipais contabilizam os prejuízos, depois de ser decretada situação de emergência. Naquela cidade os moradores viviam um calor extremo e veio a tempestade, elevando o leito dos rios Vassouras e Santo Antônio em até um metro de meio, provocando estrago e inundações.

Ainda na Zona da Mata, na divisa com o Rio de Janeiro, o município de Matias Barbosa também viveu dias de desespero com as fortes chuvas no início do ano, o que levou ao decreto de situação de emergência. No município, que tem menos de 14 mil habitantes, setenta e cinco famílias ficaram desalojadas. A chuva caiu novamente esta semana, mas não provocou danos ao município. Se a prefeitura luta para alojar 75 famílias, por outro lado, as autoridades comemoram as chuvas, tendo em vista que elevaram o nível do ribeirão São Fidelis, onde é feita a captação para o abastecimento da cidade. O volume do manancial estava baixo, preocupando as autoridades locais.

No Norte de Minas, o município de Januária, que enfrenta os efeitos de uma das piores secas da história da região, os moradores tiveram prejuízos com um forte temporal que atingiu a cidade no meio da semana passada. Em um intervalo de pouco mais de 12 horas, entre a noite de quarta-feira e a manhã de quinta-feira, caíram 148 milímetros. Ruas e casas foram inundadas em quatro bairros da cidade, deixando 20 famílias desalojadas e outra desabrigada. 

Os moradores daquela região lamentavam o prejuízo na lavoura com a seca, que fez com que quase toda produção fosse perdida com a falta de chuva e com o sol escaldante. As lavouras de milho e feijão foram as mais afetadas e os produtores viram suas lavouras acabar e os ribeirões secarem, sem poder fazer.

A chegada das chuvas também causou danos para os produtores da zona rural de Januária, onde famílias de pequenos produtores, depois de ter as plantações destruídas pelo sol castigante, ficaram isoladas, já que os temporais danificaram as estradas de terra. Segundo a prefeitura, na quinta e na sexta-feira, pelo menos 150 crianças das localidades rurais ficaram sem estudar, pois os veículos do transporte escolar não tiveram como romper os estragos nas estradas vicinais. Os temporais também provocaram estragos no distrito de São Joaquim, distante 50 quilômetros da área urbana. Lá, a enxurrada inundou ruas e pelo menos quatro residências foram invadidas pela água, com as famílias tendo que procurar abrigo na casa de parentes.

Ainda no Norte de Minas, na localidade de Santos Reis, próximo ao distrito de Catuni, na zona rural de Francisco Sá, uma tempestade na semana passada, acompanhada de granizo e vento forte, derrubou árvores e destelhou oito casas. Nos últimos meses, os moradores de Santos Reis foram castigados pela seca impiedosa, que destruiu lavouras e secou rios e córregos. O temporal contribuiu para aumentar a vazão do rio Gorutuba, que nasce perto de Santos Reis. No mesmo rio, a 120 quilômetros da sua nascente, no município de Janaúba, está a barragem do Bico da Pedra, que abastece Janaúba e Nova Porteirinha e fornece água para os 345 produtores do projeto de irrigação do Gorutuba. Por causa da seca, a barragem teve o nível reduzido, ficando com 20% da sua capacidade.

Outro município que enfrenta problema por causa da crise hídrica é Francisco Sá, lá a situação é crítica por causa da escassez de água. A barragem do rio São Domingos, que abastece a cidade, abaixou muito. Com isso, os moradores passaram a conviver com o racionamento, recebendo água em casa de forma alternada – dia sim, dia não.

Eduardo Cicarelli (Jornal de Lavras)   Clique aqui e comente no Facebook do Jornal de Lavras

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