Balsa ancorada nas pedras mostra a situação do Rio Grande nesta seca. Fotos: Jornal de Lavras
WhatsApp do Jornal de Lavras: (35) 9925-5481
Em reunião convocada pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), na tarde de hoje, quinta-feira, dia 22, em Belo Horizonte, para discutir a real situação dos reservatórios de Minas Gerais, que se encontram em situação crítica, a presidente da empresa, Sinara Meireles, falou sobre racionamento de água e da situação crítica que o estado está passando devido a falta de água em pleno mês de janeiro, mês que, teoricamente, seria das enchentes, tamanho o volume de água em decorrência das chuvas.
Segundo Sinara, a Copasa deve encaminhar amanhã, sexta-feira, dia 23, informações sobre a situação dos reservatórios do estado a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae/MG), que vai determinar se o racionamento e a punição poderão ser executados a quem desperdiça água.
O racionamento de água não deverá ser em todo o estado. Mas a presidente da Copasa garantiu que os 31 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, incluindo a capital mineira, que são atendidos pela empresa, entrarão no esquema.
Amanhã, sexta-feira, a empresa vai enviar para o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) documentos para declarar situação crítica de escassez de recursos hídricos em Minas Gerais. O IGAM poderá então decretar situação crítica de escassez de recursos hídricos, o que seria como uma autorização para tomar medidas extremas para controlar o consumo de água pela população.
A situação de Lavras é muito complicada e hoje, quinta-feira, dia 22, a cidade ganhou destaque na mídia estadual devido a situação crítica em que se encontra. Além de Lavras, outra cidade que também se destacou foi Ewbank da Câmara, na Zona da Mata. Segundo o jornal Estado de Minas, o escritório da Copasa em Lavras informou que o período de forte calor e poucas chuvas vem reduzindo os níveis dos ribeirões Água Limpa e Ribeirão Santa Cruz, que juntamente com o Rio Grande, abastecem o município, provocando intermitências no abastecimento de água de alguns bairros da cidade. Em dezembro, a companhia havia definido rodízio de abastecimento para alguns bairros. No entanto, choveu um pouco na região e a restrição foi suspensa. Agora, a Copasa pede a consciência da população para economia de água em casa.
Em Lavras o rio Grande opera no limite, a balsa com as bombas captadoras de água está ancorada no meio das pedras, as bóias presas aos cabos de aço que sustentam a balsa estão todas fora d´água, no meio das pedras, onde antes corria o rio.
Moradores mais velhos de Ribeirão Vermelho que conhecem o rio, disseram que nunca viram uma situação dessa em pleno janeiro, mês das enchentes e de rios transbordando. Segundo eles, hoje o rio está como se fosse maio, junho, quando a seca atinge o rio, diminuindo sua vazão.
Clique nas miniaturas para visualizar as fotos em tamanho real da balsa ancorada e das bóias fora d'água no Rio Grande:
Eduardo Cicarelli (Jornal de Lavras) Clique aqui e comente no Facebook do Jornal de Lavras