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Publicada em: 08/01/2015 11:06 - Atualizada em: 08/01/2015 19:01
Poderá faltar água este ano, situação requer atenção e cuidado
As chuvas que estão caindo são insuficientes e risco da falta d'água em 2015 é maior que no ano passado.

Imagem do rio Grande, onde se vê claramente que o rio ainda está abaixo do nível desejado. Foto: Jornal de Lavras

 

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Chuvas que caíram nos dois últimos meses de 2014, mais as chuvas que caíram até agora vão garantir o abastecimento para este ano, certo? Não, não vai, não é isso que aconteceu com os reservatórios de Minas, eles ainda nem se recuperaram da estiagem do ano passado. Em outras ocasiões, nesta época do ano, estaríamos com uma quantidade de água reservada bem maior do que temos hoje.

Sem as chuvas previstas para dezembro e com a projeção de que o primeiro trimestre, que é o mais chuvoso do ano, seja de chuvas insuficientes, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) já está adotando medidas para enfrentar uma situação, na melhor das hipóteses, igual ao ano passado.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) recomenda cautela e cidades às margens do rio São Francisco, "Rio da Integração Nacional", temem que a seca deste ano seja pior que a de 2014, com grande risco de desabastecimento. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, em plena estação chuvosa, que vai de outubro a abril, 102 municípios mineiros estão em situação de emergência e mais da metade dos reservatórios de Minas monitorados pela Agência Nacional das Águas (ANA) está com volume abaixo de 50%.

No ano passado, nesta época do ano, 113 prefeituras haviam pedido auxílio ao governo de Minas e à União por causa das enchentes, vendavais e desabamentos, como constam os dados da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). Hoje são 102 pedindo água, situação inversa.

Toda a chuva que caiu nos últimos meses, somada a seca prolongada do ano passado, deixaram 12, dos 23 reservatórios de hidrelétricas monitorados pela ANA e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) com volumes d'água abaixo da metade. Desses, o pior é o de Retiro Baixo, no rio Paraopeba, entre Pompéu e Curvelo, que está praticamente seco, chegando a 4,3% de seu volume total. 

Na região de Lavras, o lago de Furnas está com 13,64% de sua capacidade; de Camargos, com 23,39%; do Funil, com 75,04% e a mais confortável é a de Itutinga, que está com 93,77% de sua capacidade.

A falta de água representa desabastecimento, elevação dos preços e racionamento de energia elétrica, o que seria um desastre para a economia. Para se ter uma ideia da real situação que nos encontramos, ontem, quarta-feira, dia 7, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) elevou de 4,2% para 4,9% o risco de desabastecimento de energia na região Sudeste/Centro-Oeste neste ano. Com isso, o risco se aproximou do limite tolerado pelo Conselho Nacional Política Energética (CNPE), que é de 5%.

Esses números consideram a série histórica de chuvas dos últimos 82 anos. Considerando a série sintética, que desdobra a série histórica de 82 anos em 2 mil cenários artificiais, o risco de desabastecimento de energia subiu ainda mais. Para as regiões Sudeste/Centro-Oeste, o risco atingiu o patamar de 7,3%, ultrapassando o limite fixado pelo CNPE.

A Copasa afirma que não há risco de faltar água por enquanto porque se preveniu, mas tudo vai depender do agravamento da estiagem no estado.

Jornalista Eduardo Cicarelli (Jornal de Lavras)   Clique aqui e comente no Facebook do Jornal de Lavras

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